O Oráculo de Aalis - Resenha

Sinopse:

Em o O Oráculo de Aalis, conhecemos a comunidade da jovem Aalis, que vive sob o forte estigma de ser a causa de todas as tragédias que assolam a região dos Vales Alpinos. Caçados como animais, são forçados ao isolamento e à vida em regiões inóspitas. Diante de uma série de perseguições, mal-entendidos e traições, a jovem Aalis é obrigada a partir e, desnorteada em meio à fuga, acaba despencando no perigoso Vale Escarlate. Após despertar, porém, ela se vê em um misterioso Oráculo, de onde recebe grandes esclarecimentos e profundas revelações que mudarão significativamente o curso de sua história e mostrarão também a coexistência de outras dimensões e mundos até então desconhecidos. Esse encontro despertará ainda mais seu fortíssimo senso de justiça e fé. No entanto, as revelações poderão desencadear conflitos e batalhas naquela região, repercutindo na trajetória da comunidade de Aalis e na de futuras gerações.

A obra do autor Sergio Sena nos coloca no dia a dia de pequenas sociedades formadas por grupos de pessoas que se refugiaram em cavernas. As pequenas sociedades buscam proteger-se do poderio da coroa, a qual julgava como Herege qualquer um que tivesse uma religião divergente da oficial, adotada pelo império. E não difícil de saber qual a consequência de ser Herege na época: Um "julgamento" seguido de morte. 

Os grupos de pequenas sociedades são todos governados por Menno, o Ansião, e após Aalis escapar de um ataque, onde apenas ela saiu ilesa, todos questionam-se como que isso ocorreu, já que as outras sete pessoas que estavam com ela não usufruíram da mesma sorte. A explicação para isso, na mente delas, parece ser obvia: Houve uso de magias ocultas. E consequentemente foi decidido que a menina iria a julgamento. 

Entretanto, Menno interfere na decisão e alega que quer ver a menina. Então Urian, um jovem guardião que nutre sentimentos por Aalis, a leva ao santuário para encontrar-se com o Ancião. E é a partir disso que o clímax da história se desenvolve.

Percebemos que o livro apresenta um grande teor espiritual ao longo da história. A fé é bem presente. Como também é presente a possessão, adivinhações e sacrifícios. Tudo isso sem estar ligado diretamente à uma única religião real. Já que "livros religiosos" são quase um tabu em meio à tantos leitores, irei adiantando, não deixe de ler este livro. A mitologia aqui expressada é ótima, há muita ação e mistério, com o que eu gostei muito.

A fantasia foi bem planejada, tanto até, que não consigo imaginar como que o segundo livro irá se desenrolar, pois percebemos que o primeiro foi apenas um acontecimento de algo bem maior. O potencial da história é enorme. 

Ah, e por falar em final... Que final foi esse?! Como definir? Não sei... Apenas quero logo a continuação. rsrsrsrsrs

Os capítulos são um pouco longos, o que pra mim não atrapalhou pois quando eu via já tinha lido 1, 2 ou 3 capítulos seguidos sem nem perceber. Meio louco não?!

O único ponto ruim, na minha opinião, foi que a Aalis nem teve muito destaque. Ta bom... O livro pode não girar todo ao redor dela, mas eu esperava ao menos mais cenas onde pudéssemos nos apegar à personagem. Pra falar a verdade, com exceção de uma cena ou de outra, nem da pra saber que realmente é Aalis. Pode ser falta de atenção minha ou outra coisa, mas eu senti uma desestruturação em relação a isso. 

A escrita do Segio... Não sei explicar. Ela é diferente da que estamos acostumados. Algo semelhante a uma escrita poética mas ao mesmo tempo sem ser, entendem? Enfim... Gostei bastante. Essa escrita nos puxa para dentro da história e nos estimula a usar ainda mais a imaginação para elaborar os cenários, já que não é muito aprofundado as descrições do ambiente.

O acabamento do livro é ótimo. Por mais que vez ou outra eu tenha encontrado pequenos erros de concordância ou escrita, é aceitável.

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