A 5ª Onda - Resenha

Sinopse: Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra atacar.

Assim que eu comecei a ler este livro já percebi que de longe ele era bem mais diferente dos demais livros de invasão alienígena que conhecemos. Talvez não o melhor, mas sim, o mais intrigante. Tudo começa quando uma misteriosa nave aparece como quem não quer nada e se coloca em um ponto estrategicamente pensado para que todos a vissem. E por 10 dias permanece lá, sem fazer nada. E mesmo sem fazer nada além disso, apenas a existência dos alienígenas tão perto da terra é o suficiente para provocar o pânico nas pessoas. Algumas reagiram dessa forma, com pânico e medo. Mas outra parte tentou seguir a vida normalmente, pensando que os alienígenas vieram para um bem maior ou até mesmo ignorando a proximidade da nave mãe. 

Mas o caos era visível. O silêncio, foi e continua sendo uma das piores armas que existem. Neste caso, com a ausência de informações sobre a nave mãe, muitas especulações foram criadas, os jornais não falavam em outra coisa. Aliás, ninguém mais falava em outra coisa. 

"Talvez o último ser humano da Terra não morra de fome, de abandono, ou virando refeição de animais selvagens. Talvez o último a morrer seja morto pelo último a viver."

Após o silêncio vieram os ataquem em forma de ondas, eliminando pouco a pouco os moradores do planeta terra, ou seja, nós humanos. A primeira onda foi um colapso que desativou todos os aparelhos tecnológicos da terra. Os carros já não funcionavam, os celulares perderam a utilidade e os aviões caíram. Cerca de 500 mil pessoas morreram, um número pequeno comparado aos 7 bilhões de pessoas existentes. 

"Como livrar a Terra dos seres humanos? Livre os seres humanos de seu senso de humanidade."

Outras ondas sucederam a primeira. A segunda foi uma enorme tsunami matando grande parte das pessoas que viviam nas beiras do mar. A terceira foi uma terrível peste transmitida pelos pássaros, onde só quem possuía uma rara imunidade sobrevivia. A quarta, e a pior, foi a implantação dos alienígenas em corpos humanos, provocando a desconfiança entre os sobreviventes. 

"- Como você prefere morrer? - Ela disparou. - Escondida debaixo da cama, ou numa montanha-russa? 

Boa pergunta."

Cassie, de Cassiopeia e não de Cassandra, sobreviveu a todas as ondas e agora luta para resgatar o seu irmãozinho que só deus sabe onde ele se encontra. Ela perdeu sua mãe na terceira onda, levada pela peste, e perdeu seu pai na quarta, fruto de uma grande armadilha, mas ela ainda lembrava-se de Tommy, seu irmão, entrando em um ônibus escolar no meio de todo caos rumo à uma base militar. E ela lutaria até seu último suspiro para cumprir a promessa de protege-lo.

"Não me movo. Espero atrás do meu tronco, aterrorizada. Nos últimos dez minutos, ele se tornou um amigo querido e penso em lhe dar um nome: Howard, meu tronco de estimação."

E claro que em meio a todo esse drama de fim do mundo não poderia faltar um romance. Aquele romance clichê presente em praticamente todas as séries. O que para mim, não me conquistou muito. Mas enfim, Cassie encontra o misterioso, carinhoso e atencioso Evan Walker, que a salva de uma tentativa de eliminação por parte de um silenciador, nome criado por Cassie referindo-se aos humanos possuídos pelos Outros, para eliminar o pouco que restou da humanidade. A recuperação de Cassie demora uns dias, o quais provoca a aproximação dos dois. E então ele ajuda Cassie a procurar seu irmão. 

"De alguma forma, o fato de ter sido resgatada por um sujeito extremamente bonito com um sorriso assimétrico e mãos grandes e fortes é uma das coisas mais desconcertantes que me aconteceu desde a chegada dos outros."

O drama desenrola-se, com os capítulos intercalando-se entre quatro personagens que passaram por momentos muito difíceis, abraçando a sobrevivência e passando a viver lado a lado com o medo, a perda e a incerteza. Tornando a história ainda mais complexa e envolvente. 

"Essa é a falha no plano do mestre Vosch: Se não matar todos nós de uma vez, não serão os fracos que vão sobreviver."

Esse livro é um daqueles que te agarra tão sutilmente que nem percebemos como e quando isso ocorreu. Confesso que até certa parte da história eu diria que o livro não tem nada de mais e que eu estava o lendo apenas para não abandona-lo, e em outras eu o lia vorazmente, mas ao fim, fiquei sem palavras. Agora, só quero a continuação.