quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Resenha: Pipocando - Rolandinho e Bruno Bock

Rolandinho e Bruno Bock compartilham, por meio do relato de suas histórias, os tropeços e acertos que levaram o Pipocando a alcançar marcas incríveis – 140 milhões de visualizações e mais de 1,7 milhão de inscritos, transformando-o no maior canal de cinema da América Latina – desde a criação dos primeiros projetos fracassados até o desafio de gerenciar e motivar uma equipe competente. Recheado de segredos, experiências e histórias hilárias, este livro pretende mostrar que o sucesso vem, na maioria das vezes, para quem tem coragem e disposição de sobra – claro, se você tiver café, também ajuda.
Enfim, depois de umas férias não programadas e merecidas do blog, eis que eu crio coragem e cá estou. Gente, sabe que ao longo deste ano eu resolvi ser alguém na vida e arrumar um emprego, pois então, ao passo que desenvolvemos um lado e adquirimos mais responsabilidades, diminui também o nosso tempo livre. Desde de Março deste ano eu venho fazendo de tudo para manter o blog em funcionamento, não do jeito que eu gostaria, mas do único meio possível. A frequência de postagens diminuiu, o que antes saia uma postagem a cada três dias passou a ser uma nova postagem a cada 7/8/9 dias. E a minha ausência nesses quase 20 dias (se não mais) pode ser explicada por simplesmente "eu precisava de um tempo pra mim". Sabe, chegar em casa e não precisar pensar "tenho que ler tal livro pra fazer resenha" ou "tenho que tirar fotos pra tal postagem", são coisas que eu juro que amo fazer, mas que quando é feito sem vontade acaba se tornando uma coisa maçante e cansativa. Além disso, pra ajudar, teve toda a questão do ENEM que teve recentemente. Não vou ser hipócrita e dizer que eu estudei, porque, sendo bem sincero, eu não fui daqueles que colocou a cara nos livros (didáticos) e estudou 99% do seu tempo livre. Não, definitivamente não fui desses. Mas enfim, a tensão é pra todos. Pois afinal, essa temida prova tem o poder de influenciar, e muito, nosso futuro. Enfim, hoje concluo que manter um projeto como um blog não é uma tarefa fácil, aliás, é fácil. Porque eu gosto. Mas, entretanto, contudo, todavia, não deixa de ser algo simples e rápido. É algo que exige muito tempo e dedicação. Isso vale não só para a criação e administração de um blog, seja ele literário ou outro, mas também vale para muitos outros projetos, entre eles, a criação de um canal no Youtube. E é agora que eu começo nossa resenha! (Aposto que vocês estavam achando que eu já tinha esquecido, né?)


O livro Pipocando é mais um livro dessa onda de publicações de livros de Youtubers, mas esse em especial chamou mais minha atenção do que os outros livros do gênero que eu já li. Então, o livro é escrito pelo Rolandinho e pelo Bruno Bock, personalidades distintas e diferentes com uma coisa em comum: O amor pelas câmeras e a paixão pela sétima arte, o cinema. Na primeira parte do livro, cada um dos autores conta como foi que descobriu e montou sua personalidade em cima disso.

O Rolandinho, além de seu nome verdadeiro, fala também, sobre seus primeiros projetos como youtuber em uma época em que esse termo nem existia. Aliás, o youtube em sí nem existia. Ele começou ainda criança a gravar e montar curtas amadores junto com seus amigos, usando câmeras pré-históricas emprestadas ou do colégio. Afinal, isso tanto faz, porque ele estava fazendo o que gostava e compartilhando com quem gostava. Com o passar dos tempos e a inovação tecnológica ele passou a gravar videos de game plays e postar no recém criado Youtube. E o Bruno Bock segue na mesma linha, só que com uma ênfase a mais na criação da Blues, a sua produtora. Simplificando: Os dois marcaram presença em vários projetos no meio digital e desde sempre tentaram manter sua marca nesta imensa rede que é a internet. E hora mais cedo, hora mais tarde, o destino dos dois se cruzaram. Foi parceria certa. Já com a dupla formada, nasceu outros projetos e outros canais, entre eles o Pipocando. O que mais fez sucesso, e que faz até agora.


Mas não se assustem, o livro não é uma autobiografia. Como os próprios autores fizeram questão de explicar, essa primeira parte é só uma introdução para entendermos melhor o que vai se passar em frente. Seguindo, a já mencionada introdução, os dois vão intercalando-se na escrita dos próximos capítulos contando como que é o dia a dia na Blues, a gravadora responsável pela produção do Pipocando (Detalhe, o Bruno Bock e o Rolandinho são sócios e donos da Blues), e os desafios de manter o Pipocando no ar. Além disso, tem também um manual de sobrevivência no youtube, onde os dois dão dicas de como começar um canal e faze-lo crescer com mais eficiência.

Como eu não sou nem um pouco adepto de acompanhar canais no youtube, não é uma surpresa que eu não tivesse conhecido o canal antes de receber o livro. Só fui conhecer depois que recebi o livro e só vi um video do canal após concluir a leitura da obra. Sendo bem sincero, eu me decepcionei. Eles enfatizam tanto que o motivo que faz a diferença entre um canal que faz sucesso e um que não faz é a organização e o empenho sobre ele. E mais do que isso, eles tem o profissionalismo todo presente na elaboração dos videos do Pipocando. Tanto na elaboração do roteiro, na gravação e na edição, tudo é feito com muitas regras e com muito cuidado. Como se fosse um programa de televisão. Mas foi isso que fez com o que eu me decepcionasse, com todos esses elementos presentes eu esperava algo grandioso, mas não foi isso que percebi.

O canal trabalha com videos sobre cinema, jogos e cultura geek em geral, as vezes recebem convidados como outros youtubers para gravarem um video em conjunto. O esquema geral na maioria dos videos é os participantes sentados em um sofá conversando sobre o tema sobre o qual o video em questão irá tratar. Bem simples na prática. E na teoria senti que a maioria dos videos é em tom sério com falas e piadas forçadas. Sem extrovertimento e improviso. Senti falta disso, pra mim, é mil vezes melhor um video em que alguém liga a câmera e sai falando o que vier pela cabeça. Contudo, a leitura do livro foi muito boa, e ele é muito bem escrito. Sem dúvida nenhuma, dentre os livros de youtubers, este em questão, tem destaque merecido.

Aproveito a oportunidade para informar aos interessados que este livro está disponível nas melhores lojas online, como o Ponto Frio. O melhor ainda é que usando cupons de desconto conseguimos adquirir o livro com um precinho bem camarada! Basta entrar no Cupom Válido , pegar seu cumpom e efetuar a compra!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Resenha: Weiss, A mente é o Limite - Vinicius Louzada

Ao descobrir que era capaz de invadir e controlar os corpos de outras pessoas, Lucas jamais poderia imaginar o que o futuro lhe havia reservado. Foi somente quando Mark – um misterioso observador de origens e intenções desconhecidas – o encontrou, aprendeu que não era o único a possuir tal habilidade, e as engrenagens do destino começaram a se mover rapidamente como nunca antes. Lucas ingressa no sangrento universo dos switchers, e, à medida que desenvolve seus poderes, enfrenta perigosos inimigos e descobre verdades que mudarão para sempre a percepção do mundo à sua volta. Com uma escrita irreverente, viradas surpreendentes e cenas de ação alucinantes, Weiss conduz o leitor a uma fantástica viagem ao coração da utópica cidade-estado de Neo Atlantis, sob a ótica de personagens intrigantes e originais.
Antes de mais nada, eu preciso dizer o quanto eu estava com vontade de ler esse livro. Eu o descobri coincidentemente enquanto estava vendo algumas promoções no site da saraiva, e hora mais cedo, hora mais tarde, eis que vem o anuncio de Weiss, A Mente é o Limite na tela de meu notebook. Acessei a página do livro e super me interessei ao ler a sinopse, e como ele é um livro nacional, imediatamente resolvi contatar o autor solicitando uma parceria. Conversa, vai, conversa vem, e cá estou. Weiss é um livro intrigante. Olhando pela capa temos a primeira impressão de que é um livro mais futurístico, daqueles com uma alta pegada de ficção científica, do que de fato ele é. A premissa parte do principio de que existe um grupo de humanos capazes de trocar de corpo com quem e como bem quererem. Lucas é um deles, que descobriu o seu dom e pensa ser a única pessoa do mundo a te-lo, mas subitamente ele começa a perceber que está sendo vigiado. Até que seu vigia dá as caras e demonstra ser um aliado dizendo-lhe que ele não é a única pessoa com essa habilidade e convidando-o a juntar-se ao seu clã, o Moonlight Linx, e revelando também que a mãe de Lucas era, assim como ele, uma Switcher.


Lucas aceita participar do clã, sendo um Lince, assim como seus companheiros, e passa a saber mais da história dos Switcher's, como também suas habilidades. Não se sabe como e quando surgiu o primeiro Switcher, muito menos o porquê do surgimento, e como Mark (o lider do clã) explica, cada um se agarra a uma teoria, alguns optam pela religiosa, crendo que os switcher's surgiram para desempenhar uma vontade divina. Já outros, creem na ciência acreditando que tudo não passa de uma evolução genética dos humanos normais, ou como eles chamam, os regulares. Entretanto, as habilidades são claras: Invadir um corpo por um determinado tempo e depois voltar a seu corpo original, ou tomar posse por definitivo. Além disso quanto mais "roubos" (quando há a posse definitiva de um corpo) você pratica, mais forte fica. Adquirindo as habilidades do corpo roubado.


Durante um treinamento de Lucas ao ar livre, o clã é atacado por outro clã rival, ocorrendo ali, uma sangrenta batalha. Mark, Tony e Lucas são quase derrotados quando, por sorte, seus adversários anunciam que devem ir embora, após o recebimento de um telefonema. Dias depois, os Linces recebem um convite formal para uma disputa. Já que teoricamente os clãs Switcher's devem ser pacíficos uns com os outros, quando ocorre uma desavença entre eles, é de tradição realizar uma disputa formal entre os clãs, envolvendo lutas até a morte. Por causa de um golpe baixo do clã rival, os Linces ficam impossibilitados de recusar a proposta para a disputa, restando a eles, apenas treinar duro, enquanto houver tempo, para sairem vitoriosos. Só que, o que eles não desconfiavam é que tudo isso é apenas uma peça do quebra cabeças, o começo de algo muito maior.


Weiss, A Mente é o Limite pra mim foi um livro espetacular. Me prendeu do inicio ao fim. Lembro que eu fiquei lendo-o até altas horas da madrugada, o que me fez ficar arrependido de manhã, na hora de acordar. Mas fazer o que, né? Faz parte. De qualquer forma, este é um livro bem direto, a ação começa quase que imediatamente, sempre mantendo a narrativa em um ritmo acelerado. Entretanto, senti falta no desenvolvimento de certos detalhes, como o porque de Tony estar em um corpo de mulher (!) e quem era o homem que treinou Lucas no orfanato e por que ele era tão importante, seria ele um Switcher também? Entre outras pontas que ficaram soltas. Mas acredito que tudo tenha ficado pendente para uma possível sequência do livro, e aliás, o resto da história compensa tudo isso.


Não posso deixar de dizer, também, que a capa é muito bonita. Uma das melhores da minha estante. Gostei do tom de laranja utilizado e da estampa usada para ilustrar, dando um quê de moderno para o livro. A diagramação é simples, porém agradável. E pelo que me lembre, não percebi nenhum erro de português grave que tenha chamado minha atenção. Enfim, em suma este é um livro muito bom, com uma história rápida e envolvente, com cenas e personagens marcantes. Pelo que deu a entender com o final da história, ela irá ter uma continuação, a qual já estou louco para ler! ueheuh

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Resenha: O Ano Em Que Te Conheci - Cecilia Ahern

Bem-vindos ao mundo imperfeito de Jasmine e Matt. Vizinhos, eles não têm o menor interesse em tornarem-se amigos e nunca haviam se falado antes. Estavam sempre ocupados demais com suas carreiras para manter qualquer tipo de contato. Jasmine, mesmo sem nunca tê-lo encontrado, tem motivos para não suportar Matt. Ambos estão em uma licença forçada do trabalho e sofrendo com seus dramas familiares. Eles precisam de ajuda. Na véspera de Ano-Novo, os olhares de Jasmine e Matt se encontram de forma inusitada pela primeira vez. Eles têm muito tempo livre e estão em uma encruzilhada. Conforme as estações do ano passam, uma amizade improvável lentamente começa a florescer. Uma história dramática, original e divertida como só Cecelia Ahern é capaz de escrever.
O livro conta a história de Jasmine, uma mulher na casa dos 34 anos que é totalmente dedicada ao seu trabalho. Jasmine é autossuficiente, gosta mais de ter uma rotina super agitada do que de ficar jogando papo fora com conversas que não sejam profissionais. Mas tudo acaba quando ela é demitida. Por ser uma pessoa ambiciosa, Jasmine tinha a péssima mania de criar empresas e negócios de sucesso, mante-los por um tempo e vender o projeto, já em pleno funcionamento, pelo melhor preço possível. Ela nunca conseguiu criar e desenvolver algo e ficar com isso até o fim. E por este motivo, acabou entrando em desentendimento com seu sócio, que não queria vender a empresa. Com isso, Jasmine foi demitida. Antes fosse só isso, pois se fosse, bastava ela conseguir um novo emprego, algo que seria fácil para uma pessoa com o seu currículo, entretanto, junto com sua demissão, veio também uma licença de 1 ano, ou seja, ela ficaria recebendo seu salário por  um ano sem poder trabalhar em outra empresa (Pode parecer estranho isso, mas segundo o livro, é super comum na Irlanda, onde a história se passa). 

Para Jasmine, não poderia haver coisa pior. O primeiro mês ela dedicou para fazer tudo aquilo que sempre quis e não podia por falta de tempo, passando isso, o momento de alegria passou e o tédio ganhou a vez. Com o fim das atividades, Jasmine passou a passar as infinitas tardes do dia dentro de casa, e sem nada pra fazer ela começou a reparar mais em sua vizinhança. Jasmine mora em um condomínio calmo e tranquilo que em sua grande parte é ocupado por aposentados que passam o dia todo cuidando dos seus jardins, com exceção de Matt, que mora em frente a Jasmine, um polêmico locutor de rádio que por certos motivos ganhou o irrevogável ódio de sua vizinha. Entretanto, alguma coisa aconteceu na virada de ano, e que desse acontecimento surgiu também uma bonita amizade entre eles. 


O desenrolar do livro ocorre de uma forma muito agradável, gostei de ver e de acompanhar a vida de Jasmine por esse período de um ano. Para ela foi um período de renovação e de reencontro. Jasmine amadureceu muito nesse meio tempo, juntamente com Matt, que desde o inicio do livro foi um personagem que eu não consegui gostar muito, mas que com o tempo, foi mudando e se tornando uma pessoa melhor, não, na verdade, passamos a conhece-lo melhor e entende-lo mais fielmente. 

Porém, um dos personagens que mais me surpreendeu, com toda a certeza, foi a irmã mais velha de Jasmine, a Heather. Apesar dela ter síndrome de Down e precisar de uma atenção especial, ela demonstrou ser uma pessoa encantadora. Pura, inocente, sensível e ao mesmo tempo, corajosa, independente e determinada. Em alguns trechos e diálogos que continham a presença de Heather, eu confesso, brotou lágrimas em meus olhos. Não por ser um acontecimento triste, mas por ser uma cena lindamente tocante. Enfim, ela, na minha opinião foi uma das melhores personagens do livro. 

Outro ponto em que fui surpreendido foi no quesito romance do livro. Há, sim, romance na história, avá, mas é de uma forma que eu não esperava e que foge, realmente, dos clichês, pelo menos para mim, que não sou muito acostumado com o gênero. 

Enfim, não quero contar muita coisa para não estragar a história, mas preciso deixar claro que este é um ótimo livro, e que me deixou, sinceramente, surpreendido. Eu ainda não conhecia a escrita da Cecilia Ahern, autora de muitos outros livros de sucesso, como o Simplesmente Acontece, por exemplo. Mas, agora, após concluir a leitura de O Ano Em Que Te Conheci, posso dizer que é uma escrita simples e envolvente, descritiva e ao mesmo tempo suave, resultando em uma leitura rápida e prazerosa. 

 

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