segunda-feira, 28 de julho de 2014

Cidade do Fogo Celestial

 
      " Preto para caçar de noite e dar sorte, pois o branco é a cor do pranto e da morte."

Caçador de Sombras contra Caçador de Sombras. Irmão contra irmã. Alianças quebradas. Morte, sangue, icor demoníaco. Sebastian Morgenstern espalha o terror pelo universo dos Nephilim e, ainda, pelo Submundo. Nada parece segurar sua sede de poder. Até mesmo as cidades mundanas se transformam em alvos.
Encantado pela lenda em torno de seu nome, em busca de se tornar a nova Estrela da Manhã- o mais belo e terrível dos anjos-, Sebastian segue Transformando Caçadores de Sombras em seres malignos. Com a ajuda do Cálice Infernal, aumenta seu exército de Crepusculares, rompendo laços familiares e os sagrados parabatais .
Acuada, a elite armada dos Nephilim se exila em Idris. Mas nem mesmo as barreiras mágicas- ou o impressionante poder das Torres Demoníacas- parecem capazes de conter Sebastian. E com os Caçadores de Somras encurralados, quem defenderá o mundo dos demônios?
Quando uma das mais surpreendentes traições vem á luz, Clary, Jace, Izzy, Simon e Alec precisam fugir- mesmo que sua jornada os leve aos mais assustadores reinos inferiores, onde nenhum Caçador de Sombras pisou antes e de onde nenhum ser humano jamais retornou.
Amores serão sacrificados e vidas, perdidas, na mais terrível batalha entre o Bem e o Mal já testemunhada desde a criação de Os Instrumentos Mortais.



‘Veni.’ (Cheguei.)
A história começa com o caos sendo instalado: institutos de várias partes do mundo estão sendo atacados e tomados por Sebastian, que está reunindo seu exercito, transformando os Caçadores de Sombras em Crepusculares (Caçadores de Sombras malignos). Com tudo isso acontecendo, a Clave decide convocar todos os Caçadores de Sombras á Idris para a proteção dos mesmos.
Falando dos personagens, vemos a evolução de todos nesse livro. Jace está finalmente encontrando sua identidade, seu “eu”; Clary é uma guerreira e está forte; Alec está determinado; Isabelle não está mais tão fechada em relação aos seus sentimentos; e Simon está....bom, Simon é sempre o cara incrivelmente nerd, amigo, carinhoso e amoroso, além disso, ele mostra como sua força e suas habilidades de vampiro estão mais controladas e centradas.
Algo que amo na história de Cassandra é a maneira que ela coloca o amor e a amizade. A amizade entre Simon e Clary mostra-se inabalável durante a saga toda. Até no final, quando achamos que isso não será possível, ela prova o contrário. A relação de parabatai entre Jace e Alec, a confiança deles, a preocupação um com o outro, tudo isso é explorado maravilhosamente no livro com os diálogos apresentados entre os dois. O amor entre Jace e Clary; Simon e Isabelle; e Alec e Magnus é lindo, é certo e imensurável.
Outra coisa que me impressionou é a união de Jace, Simon, Clary, Isabelle e Alec ao saírem em busca dos reféns e de Sebastian. Eles confiam uns nos outros, trabalham em time, estão juntos (Sim, até mesmo Jace e Simon estão trabalhando em equipe, mas isso não significa que eles não dão suas famosas espetadas um no outro, sempre com o humor e sarcasmo que tanto amamos.).
Sebastian está cada vez mais sedento por poder e mais perigoso que nunca. Ele, na minha concepção, tem ideias completamente doentias. Quer a todo custo que Clary o ame, o admire, seja sua. Ele quer a destruição completa e o controle, quer ser o rei de um mundo que deixará de existir. E apesar de tudo isso, no final do livro, sentimos dó e até talvez um pouco de compaixão por tudo o que ele poderia ter sido: o bom filho e irmão de olhos verdes, ao invés de negros.
Apesar de seu desfecho, que considerei satisfatório, mas não maravilhoso (não vou explicar porque não quero dar spoilers), o livro é bom e envolvente, costura as pontas soltas, te faz rir e até chorar. Tirando algumas cenas que considerei um pouco entediantes, desnecessárias e até um pouco melosas demais, ele te faz querer chegar à última página rapidamente para descobrir o final dessa história da Luz contra as Trevas.
E claro, não poderia deixar de fora o brilhantismo de Cassandra ao mesclar histórias diferentes. De uma maneira, ela misturou As Peças Infernais, Os Instrumentos Mortais e Os Artifícios das Trevas e nos mostrou o passado, com Tessa e Jem; o presente, com Clary, Jace, Simon, Isabelle e Alec; e o futuro, com Emma, Julian e seus irmãos. E devo dizer que essa mescla foi simplesmente fantástica.
Obrigada Cassandra Clare! 
E que venha Os Artifícios das Trevas!




 

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