sábado, 7 de junho de 2014

Harry Potter e as Relíquias da Morte

 


Fim de uma Saga, Início de uma Lenda...

Não tenho nem palavras pra esse livro. Durante 10 anos J.K. Rowling preencheu meus dias de chuva na cidade mais alagada do Rio Grande do Sul, me fez fazer amigos que jamais conheci e que jamais esquecerei. É com tristeza que damos adeus a esses personagens que ficarão para sempre em nossos corações! É assim que termina a saga Harry Potter. Não. Não termina. Enquanto algum novo ou antigo leitor, ler essas páginas, Harry permanecerá vivo nos corações e no imaginário de todos os seus fãs.

Saber que o Expresso de Hogwarts partiria e eles não estariam lá era uma experiência terrível para mim. Mas devo dizer que Rowling conseguiu um enredo magnífico. Foi simplesmente esplêndido ler um livro tendo como cenário principal a Inglaterra, Europa e todo o País de Gales. Com direito a invasões ao Ministério e ao banco de Gringotes.

As Histórias tão bem detalhadas e contadas com maestria, simplicidade, humor e muito, mas muito mistério deixam-nos completamente loucos para ler o volume seguinte... nunca um livro deixou-me assim. O problema é que esse livro não tem uma continuação.
Os acontecimentos finais de "Harry Potter e as Relíquias da Morte" deixaram milhões de pessoas no mundo inteiro chocadas e não duvido nada que as últimas páginas de seus livros ainda não tenham marcas de algumas lágrimas.

Eu me lembro até hoje como descobri Harry Potter. Passando incessantemente pelos canais de TV, me deparei com um garotinho correndo em direção a parede. Foi assim que fui apresentado a esse fantástico mundo. Demorou alguns anos para eu descobrir que eles eram baseados em livros ( mais ou menos 5 anos ) em 2007 um amigo me disse que o último livro seria lançado, foi quando fui devidamente apresentado a série. De início não me chamou muito a atenção, afinal eu ainda não tinha assistido a nenhum filme por inteiro. Sempre tive um certo preconceito com alguns livros, e me arrependo disso até hoje. Eu tinha sido avisado, poderia correr atrás do prejuízo enquanto tinha tempo. Quando o filme Harry Potter e as Relíquias da Morte estreou nos cinemas eu resolvi me render a essa Super adaptação e pelo menos assistir aos filmes; e não deu outra, após o término da parte 1 aluguei todos os outros que já havia sido lançados. Mesmo amando a série eu ainda não tinha a vontade de me aprofundar nos livros, foi preciso assistir ao último filme e ganhar os dois primeiros volumes para mim ter um certo interesse. Foi quando senti na pele o quanto em fui um idiota em ter negado Harry Potter por tantos anos. E para você que ainda não leu os livros, meu conselho é o seguinte: Não cometa o mesmo erro que eu cometi, para de ser tão idiota, não seja... Enfim um trouxa.

A história de Harry Potter, O Menino que Sobreviveu, tenho certeza, será ainda contada, lida e relida por gerações. Nós porém, temos a sorte, a imensa sorte de termos vivido na geração em que Harry Potter nasceu, cresceu e sobreviveu. Temos a sorte de ter acompanhado essa história durante sua criação, e esse prazer, esse presente, ninguém nunca poderá tirar de mim.

A autora conseguiu uma grande proeza nesse livro que foi deixar muitos leitores surpresos em alguns fatos, mais especificamente em um em particular. Que em minha opinião foi perfeito, não poderia ter sido melhor, o livro valeu a pena muito mais por “esse” excelente capítulo do que uma caçada por Horcruxes.

Harry Potter and the Deathly Hallows responde a todas as dúvidas que haviam sido propostas, explorando cada personagem e trazendo-os mais maduros para enfrentar a vida, e mais ainda: deixando uma mensagem para os leitores que acompanharam a série até o fim. Capítulos o como “A Floresta Novamente” e “King's Cross” sempre me lembram porque J.K. Rowling está na minha lista de autores favoritos. Mesmo o tão criticado epílogo do livro é exatamente o que fecha todo o ciclo, e a série não seria a mesma sem ele. Harry Potter and the Deathly Hallows só tem um defeito sério: é o último volume da série.

Devo dizer que Harry Potter é a relíquia de Rowling que mais me agrada e me fascina.

Pra encerrar gostaria de dizer que eu conheci o menino que sobreviveu, num armário sobre a escada na rua dos Alfeneiros n° 4. Eu fui contra a parede entre as plataformas 9 e 10 na estação King’s Cross. Eu embarquei num dos vagões do Expresso de Hogwarts. Corrijo até hoje o Wingardium Leviosa do Rony nas aulas de feitiços. Neville me mostrou a coragem de proteger os amigos mesmo tendo de enfrentá-los. Passei por fofo, por anotações realmente úteis sobre herbologia, pela melhor partida de xadrez que o mundo bruxo já vira e ! Conheci a Toca dos Weasley e ( mesmo não sendo Ruivo ) me senti da família. Aprendi com Minerva a valsar, e a transfigurar animais em taças. Viajei com Pó de Flu, aparatei e sobrevoei um bocado de Inglaterra num Ford Anglia. Eu jurei solenemente não fazer nada de bom, eu entrei na sessão reservada, eu invadi o Ministério da Magia. Confesso que ri quando Tia Guida se transformou num balão e saiu pelos ares. Eu vi o Lord das Trevas se esconder num turbante, num diário, num anel, numa taça, num medalhão, num diadema, numa cobra, numa cicatriz e, mesmo assim, perder mais uma vez pro amor de Lilian. E eu sempre quis uma varinha, uma Firebolt, um gato pra chamar de Bichento, um abraço da Sra. Weasley e um vira-tempo. Eu conheci o Príncipe Mestiço e me apaixonei em segredo depois de tantas e tantas aulas de poções. Conheci Dobby. Edwiges. Colin Creevey. Conheci o mais injustiçado de todos os prisioneiros em Azkaban. Conheci Lupin, Tonks, Fred e Cedrico. E chorei a morte de cada um deles como se fosse a minha. E nada eram Diabretes da Cornualha, Explosivins, Bichos-Papões, Testrálios, Sereianos ou Lobisomens comparados ao terror dos Dementadores e Comensais da Morte. Eu senti medo dos Dragões, da guerra, da Marca Negra pairando no céu e, por que aranhas? Por que não podiam ser borboletas? Confesso minha queda pela Sonserina, por Draco Malfoy, e claro, pela Comensal mais cruel e diva de todas, Belatriz Lestrange. Luna me ensinou um jeito meio louco de enxergar as coisas. Aprendi com Hagrid a ter um coração mais que meio-gigante, com Rabicho que traições são para os ratos e com Umbridge que não devo contar mentiras. Senti ciúmes de Rony e Krum. Vi Winky e Monstro vestirem a escravidão com um orgulho e usei mentalmente um bottom do F.A.L.E. Comi lesmas com Rony pra defender Mione, senti orgulho de ser sangue-ruim, me arrumei todo pro Baile de Inverno. Chorei quando Rony foi embora e me alegrei tanto o desiluminador o trouxe de volta. Tomei a poção polissuco e me tranformei em Crabbe, Goyle e em um dos 7 Potter's. Me juntei à Armada de um Dumbledore falho, porém genial até o fim de sua essência, e entrei na batalha pela Ordem da Fênix que trouxe no Chapéu Seletor a espada da casa dos corajosos. Me deixei ser levando pelo encanto dos feitiços, pelas Relíquias da Morte que eram de verdade. Pela lula gigante no fundo do lago, pelas piadas dos gêmeos e por Pirraça; pelas asas de um hipogrifo que se livrou da morte, no castelo das 142 escadas que podem mudar - mesmo que o meu amor não mude nem nunca acabe. Porque eu tenho pelo que lutar, obrigado por isso, Rowling.

 

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