segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ISCAS - J KENT MESSUM

Sinopse: Seis estranhos acordam em uma ilha deserta sem qualquer lembrança de como chegaram ali, mas logo se torna evidente o que todos têm em comum: são dependentes de heroína. Sequestrados e colocados à força em um jogo mortal.  Em pouco minutos, começam a discutir, porém os ânimos se acalmam quando eles encontram um baú com água, comida e uma carta informando que ninguém irá socorrê-los e que, do outro lado do canal, há uma segunda ilha, onde eles encontrarão mais suprimentos e uma recompensa para quem completar a tarefa: uma dose da mais pura heroína. Quando os primeiros sintomas da abstinência aparecem, eles não veem alternativa a não ser se entregar à pressão psicológica imposta pelos misteriosos torturadores.

Um grupo de seis pessoas pessoas que até então não se conheciam estão destinados a entrar em um jogo perigoso para conseguir o que mais faz falta à eles no momento: A Heroína. 

A abstinência que a droga causa mexe com o raciocínio lógico dos protagonistas, o desejo pela droga faz com que a primeira interação do grupo não seja muita harmônica. Ao descobrir um baú informando que ainda resta uma chance de conseguir a droga o grupo, liderado por Nash - o mais "pé no chão" do grupo -, decide que a única chance de conseguir enfrentar os obstáculos para conseguir a droga é fazendo as coisas em conjunto como uma equipe. 

Ao desenrolar da história nos é mostrado brevemente a vida dos protagonistas antes de serem capturados e transportados inconscientemente para a ilha. Todos possuem características e personalidades diferentes: Nash, um musico que sonhava com a fama mas que acabou tornando-se escravo da droga. Ginger, uma mulher forte que já enfrentou muito para conseguir alimentar seu vicio, inclusive a prostituição. Felix prefere resolver as coisas a base de violência, um ex lutador de box que trava diariamente uma luta já perdida com a Heroína. Felix, o mais novo do grupo, vivia em uma família rica sendo deserdado após a descoberta de sua orientação sexual. Maria, uma cubana muito misteriosa e intrigante. Tal, o mais viciado do grupo, o qual viu pouco a pouco seus sonhos serem destroçados pelo vicio.

A descoberta da carta informando que uma dose da mais pura heroína na ilha ao lado foi considerada uma bobagem ainda no inicio. Mas com o tempo passando os efeitos da abstinência se agravavam cada vez mais, a necessidade causada pela heroína levou o grupo a tomar uma louca decisão: Nadar por quilômetros em um mar infestado de tubarões até a outra ilha. A carnificina futura é evidente. 

O desfecho do enredo deixa a desejar, a história poderia ser bem mais explorada. Mas acredito que o autor consegui transmitir sua mensagem: O que a heroína faz conosco. Considero uma leitura simples e rápida, ótimo para sair de uma ressaca literária, ou para uma leitura onde não não deseja-se criar apego pelos personagens. 

Um livro bom, com um final satisfatoriamente aceitável. Vale a leitura!

 

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