Estamos no ano de 2000, John Tyree tem 21 anos. Crescera em Wilmington, Carolina do Norte,
e após o abandono de sua mãe passou a viver sozinho com o pai. Na
infância, a relação entre eles era boa, agradável; porém, com o tempo,
os interesses de John foram mudando enquanto os do pai se mantinham os
mesmos. Para ele, o comportamento estranho do velho se devia ao fato de
não se importar com o filho, seu fascínio por moedas era considerado uma
obsessão mas na verdade havia muito mais nessa história, que John só
pode descobrir anos depois.
Após passar pelas várias
fases da adolescência e 'levar um fora' da antiga namorada, já sem
muitas expectativas ou caminhos a trilhar, John decide alistar-se ao
exército. Em meio ao treinamento, o cumprimento de ordens e distante de
confusões, o jovem problemático aos poucos se transforma. É durante seu
período de licença naquele mesmo ano, que conhece Savannah Lynn Curtis, aquela que seria sempre a mulher dos seus sonhos.
Eles se conheceram de
modo inusitado, quando a bolsa da jovem caíra na água de cima do cais e
John mergulhara na água para buscar; a partir dali a atração ocorreu de
forma mútua e ao mesmo tempo simples, uma vez que se passou dias antes
que o primeiro beijo acontecesse. Duas semanas. Esse foi o tempo que
tiveram para ficarem juntos e se apaixonarem.
Savannah decide
esperá-lo até que seu alistamento termine (ou seja, 1 ano), enquanto
isso eles se mantêm conversando por cartas. Muita coisa acontece nesse
meio tempo, mas até então tudo bem, pois a certeza de que John voltará
para ficar é implacável. O que eles não contavam é que o período que o
militante tivesse que concluir seus deveres no exército, chocasse com um
dos piores atentados dos EUA, o 11 de Setembro.
O que significa amar verdadeiramente uma pessoa?
Essa é a pergunta que John se faz após enfrentar de tudo para ficar com
a mulher da sua vida. O que a distância é capaz de fazer com um
relacionamento? A paixão, o consolo, o carinho pode permanecer somente
com a presença de cartas?. “Querido John”, dizia a carta que partiu um coração e transformou duas vidas para sempre. O que você faria com uma carta que mudasse tudo?
“Embora soubesse que ela me amava e se importava comigo, de repente
entendi que, às vezes, nem mesmo o amor e carinho são suficientes. Eles
eram tijolos de concreto do nosso relacionamento, mas também eram
instáveis sem a argamassa do tempo compartilhado, do tempo sem a ameça
da separação iminente que pairava sobre nós”. Pág. 245, Parte II